Motores rugindo, buzinas gritando, sinfonia desordenada de obras, pessoas berrando em bares e boates. Esse é o infeliz cenário de bairros com grande poluição sonora em São Paulo.
A poluição sonora está tão presente na vida das pessoas, que a maioria se acostumou e sequer percebe o problema e os danos que esses ruídos podem causar!
Continue acompanhando este artigo para conhecer os bairros de São Paulo que mais sofrem com os ruídos!
Bairros mais barulhentos de SP
Segundo um estudo da USP, coordenado pela fonoaudióloga Carolina Moura, as áreas mais ruidosas de São Paulo possuem uma média de 80 decibéis, quase o dobro do ideal estabelecido pela OMS (Organização Mundial da Saúde).
A avenida mais barulhenta da cidade, um posto ao qual não se deve comemorar, é a Avenida Professor Francisco Morato, no bairro Butantã; medindo um nível de ruído de 81,44 decibéis. Em segundo lugar, com 80,62 dB, vem a Avenida General Olímpio da Silveira, no Santa Cecília.
Outros pontos problemáticos são a Rua Melo Freire, no bairro Tatuapé, e a Avenida Itaquera e Rua Hungria, no Jardim Europa. Além da Avenida Washington Luís, em frente ao Aeroporto Internacional de Congonhas, e a Rua 25 de Março, no Centro – por conta do comércio movimentado. À noite, os problemas são os bares das Vilas Madalena e Olímpia.
Consequências dos barulhos
Você conheceu os bairros com grande poluição sonora em São Paulo, com base em estudos sérios, que determinaram que os ruídos quase chegam ao dobro do recomendado pela OMS!
A recomendação existe por um forte motivo: ruídos muito altos ou intermitentes são capazes de causar danos à saúde. Esses danos incluem a surdez, mas eles vão além da saúde auditiva.
Se você mora ou trabalha próximo a algum desses lugares, precisa saber que a tão incômoda poluição sonora pode causar:
- estresse: O corpo responde à exposição a sons intensos ou intermitentes com a produção de cortisol e adrenalina, hormônios que o preparam para enfrentar ameaças;
- depressão e ansiedade: a exposição constante aos ruídos, além de provocar estresse, interfere no sono e na qualidade de vida, podendo levar a doenças mentais.
- insônia: este problema é percebido na presença do ruído ou em quem se expõe a ele durante muito tempo, de forma recorrente;
- dor de cabeça: o estresse causado pelos ruídos pode levar à tensão, provocando dores de cabeça tensionais;
- úlceras: os ruídos podem afetar o sistema digestivo, atrapalhado seu funcionamento e causando azia, refluxo e, em casos mais graves, úlceras estomacais;
- problemas cardiovasculares: os ruídos estimulam a liberação de adrenalina e cortisol pelo corpo, hormônios que aumentam a atividade cardíaca, elevando a pressão arterial.
Como minimizar os ruídos
De acordo com informações da prefeitura de São Paulo, em 2014 foram mais de 33 mil reclamações de excesso de barulho na cidade e 394 bares foram lacrados por descumprimento da Lei do Silêncio, acumulando R$ 18,5 milhões em multas. (fonte: Revista Casa e Jardim)
Entretanto, os bairros com grande poluição sonora em São Paulo oferecem uma série de benefícios, como uma infraestrutura completa, que proporciona acessibilidade a estabelecimentos de saúde, educação e lazer.
Por isso, a solução não é mudar de bairro!
Apesar do quadro alarmante, existem medidas a serem tomadas para controlar a cacofonia. Por exemplo, regular o seu motor do seu carro, usar proteção de ouvido, cobrar a fiscalização da Lei do Silêncio, e instalar janelas acústicas fornecidas pela SOS Ruído. Clique aqui para conhecê-las!